domingo, 17 de outubro de 2010

Mudanças...


“É preciso que tudo mude para tudo ficar na mesma.” Giuseppe Tomase di Lampedusa
” Temos de nos ajustar à mudança dos tempos e ainda assim conservar princípios imutáveis.” Jimmy Carter
“A mudança em todas as coisas é desejável.” Aristóteles
“Crescimento significa mudança, e toda mudança implica o risco de passar do conhecido ao desconhecido.” George Shinn
“É possível mudar nossas vidas e a atitude daqueles que nos cercam simplesmente mudando a nós mesmos.” Rudolf Dreikurs
“Ninguém pode mudar a própria natureza, mas todos podem melhorá-la.” Ernst von Feuchtersleben
“Nós devemos ser a mudança que desejamos ver.” Gandhi
“Prometer uma mudança, afinal de contas, reduz-se a mentir, por muito respeitável que seja quem promete” Fiodor Dostoievsky
“Todos pensam em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.” Leon Tolstoi
“Mude seus pensamentos e estará mudando o seu mundo.” Norman Vincent Pearle
“Mude. Mude. Mas comece devagar. Porque a direção é mais importante do que a velocidade.” Edson Marques

DESpedir-SE


Despedir-se é de alguma maneira deixar-se um pouco com alguém, ou com alguma situação. Despedir-se é assim doar-se também, porque há que se desapegar muito para conseguir dizer adeus a pessoas, momentos, condições estabelecidas, apegos e até aos medos, porque os medos que nós conhecemos são mais fáceis de lidar do que os novos medos. Despedir-se é também um luto que deve ser elaborado para que a gente não passe o resto da vida tentando reproduzir aquela situação ou aquela determinada sensação. Despedir-se é um movimento constante porque estamos sempre nos despedindo de alguém, de uma situação, de um trabalho, de uma condição. Nos despedimos da infância, da adolescência, da figura dos pais heróis, dos pais que só têm defeitos, dos amigos inseparáveis, dos colegas de trabalho, dos amores eternos, das namoradas safados, das românticas, das confusas, das tias velhas que se vão partindo, das avós, dos avôs, dos empregos, dos casamentos... estamos sempre nos despedindo...

Mas, graças a Deus, a consequência imediata das despedidas é o encontro! Aliás, só é possível haver encontro se há despedida, afinal, um não existe sem o outro. E que maravilha que é encontrar pessoas novas, ou velhas pessoas novas, novos velhos amigos, ou novos amigos novos mesmo. Reencontros também são encontros em essência. E as coisas novas só chegam porque deixamos espaço vazio para que elas cheguem nos despedindo das antigas... E vêm os novos ares, os novos rumos, os novos amigos, os novos amores, os novos pais, os novos filhos, sobrinhos, empregos, colegas...
Conviver não é fácil, mas é uma delícia. Despedir-se não é fácil, mas é igualmente uma delícia. E encontrar a vida cheinha de possibilidades pela frente, com pessoas velhas e novas, com lembranças antigas e conquistas novas, com todo aquele caminho que já percorremos nos amparando lá atrás e com os pés soltos para correr, andar, parar, pular, ir devagar, voltar ou não, essa liberdade que se sente quando se consegue se despedir de verdade é uma grande delícia! E, pensando bem, temos esta possibilidade todos os dias quando acordamos e temos um dia cheio de possibilidades, novas ou velhas, é só escolher quais queremos encontrar ou nos despedir.
E aproveitando que estamos no meio de outubro, mês em que a primavera vem nos presentear com suas cores e luzes, para contrapor o recolhimento e o frio do inverno, vamos escolher bem nossos próximos passos em relação ao que deixaremos para trás e o que escolheremos encontrar pela frente!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Amizade



“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
(...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso.(...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.(...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."

Oscar Wilde







Há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e ... os amigos, que são os nossos chatos prediletos.

Mário Quintana









Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SAUDADE...


Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Clarice Lispector



Saudade...
(Pablo Neruda)

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido