sexta-feira, 30 de abril de 2010

Criacionismo

Criacionismo: Teoria que explica a origem dos seres vivos por criação. Ela é contrária a chamada evolução espontânea (evolucionismo).

Criação: é o nome que se dá à formação do universo e dos seres vivos. A necessidade de buscar explicações para sua própria origem levou ao surgimento de teorias que deram origem a algumas religiões.

Num segundo momento, de racionalização do pensamento criacionista, formularam-se conceitos e propostas de sentido mais filosófico do que religioso. Nesse plano, as respostas podem reduzir-se a três possibilidades: a auto-suficiência da matéria eterna, a emanação a partir da substância divina, e a criação.

O Gênesis: O primeiro livro do Antigo Testamento, descreve a origem do mundo e do homem com linguagem e imagens semelhantes às dos relatos mesopotâmicos. O primeiro capítulo diz: "No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, um vento de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: 'Haja luz' e houve luz. Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou à luz 'dia' e às trevas 'noite'. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. (...) Deus disse: 'Fervilhem as águas um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, diante do firmamento do céu' e assim se fez. (...) Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou."

Os mitos: são soluções imaginativas que alguns povos elaboram para justificar sua existência, sua história e os fenômenos da natureza. Algumas explicações, no entanto, encontram ressonância em homens das mais diversas culturas.

No Brasil, a cosmogonia dos índios se reporta a um criador do céu, da Terra e dos animais (o Monã dos tupinambás) e a um criador do mar, Amã Atupane, talvez Tupã, entidade mítica que os jesuítas consideraram a expressão mais adequada da idéia de Deus surgida nos domínios da catequese.
Os estudiosos do século XIX pensavam que o tema da criação por um ser supremo era inerente a um estágio cultural avançado. Pesquisas posteriores, no entanto, observaram essa crença entre povos primitivos da África, ilhas do norte do Japão, América, Austrália central e em muitas outras partes do mundo.

A natureza desse ser supremo, que freqüentemente é acompanhado de algum outro, hierarquicamente inferior, difere de cultura para cultura. A criação se realiza mediante seu pensamento, sua palavra - como na Bíblia e no Popol Vuh - e, às vezes, com certo sentido de emanação. Todos esses relatos, porém, possuem algumas características comuns.

Pensamento filosófico e religioso: O judaísmo enfatiza em seu dogma a afirmação de que Deus criou o mundo, o que constitui um princípio de fé e uma base ética da religião judaica. Fílon defendia a idéia bíblica da criação a partir do nada, enquanto os rabinos do Talmude defendiam idéias gnósticas sobre a criação.

Os reformadores protestantes, desde os primórdios da Reforma, procuraram chamar a atenção não para a criação, mas para um Criador, cujo ser não se identifica com nenhuma das coisas criadas e se acha acima do mundo, independente dele. Não se trata, portanto, de saber se Deus criou do nada, mas de afirmar pela fé a existência do Criador.

Um dos grandes problemas suscitados pelo conceito de criação é o da existência do mal num mundo criado por Deus. Os mitos já se propunham a questão e, para explicá-la, lançavam mão do dualismo e do antagonismo. O pensamento cristão entende o mal como privação do bem, como limitação do ser finito.

Os filósofos e os teólogos ficaram com a responsabilidade de tentar explicar outras questões, tais como a liberdade de Deus no ato da criação, sua contínua ação preservadora, que, entretanto, não invalida a ação humana, e o objetivo de Deus ao criar. Pode-se dizer, portanto, que o conceito de criação, como uma das possíveis explicações da origem do mundo, constitui um ponto central de referência na história do pensamento.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

DENGUE!!!


Dengue - Saiba como se prevenir...

O que é dengue
Modo de transmissão
Locais onde ocorre a doença
Sintomas
O mosquito
Medidas gerais de prevenção

O que é dengue

É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro. A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite. O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.
Modo de transmissão

A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana. Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1200 metros. Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue.
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Locais onde ocorre a doença

No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste. No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue. Na década de 50, foi reconhecida e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica. O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas. O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
Sintomas

A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É freqüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas). A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias. Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez. O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça. Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus.

O mosquito

O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto. A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre eles a temperatura e a oferta de alimentos.

Detalhes do ciclo de vida

OVO
Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo.

LARVA
As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. Não selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado.

PUPA
A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média.

ADULTO
Macho e fêmea alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC.

Medidas gerais de prevenção

O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja. A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos. O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas: - Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é: • substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova; • utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml; • não deixar acumular água nas calhas do telhado; • não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água; • acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa; • tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc. Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.

sábado, 17 de abril de 2010

Começando aqui...

Você não estará sozinho a vagar: Deus vai lhe amparar.

Um dia - por amor ou pela dor - todos nós recorreremos a Deus como sendo nossa válvula de escape. Pois é a Ele que clamemos na última hora, sendo ou não cristão. No mundo de hoje, em meio à tanta violência, o caos tomou conta de nossas vidas. Não mais sabemos o que é verdadeiro ou falso, confundimos o real com o surreal e a fé com a religião. O conceito da "verdade" vem desafiando a humanidade por milhares de anos. Filósofos da antiga Grécia debatiam a natureza da verdade. Eles discutiam se ela era real e absoluta, ou relativa e ilusória. Suas dúvidas podem ter sido refletidas numa questão de Pilatos: "Que é a verdade?" (João 18:38). Ainda em João 8:32, Jesus disse: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Não há neste mundo algo tão maravilhoso quanto à liberdade. Ela nos dá o direito de nos comprazer com aquilo que há de mais divino em nós, e, através dessa mística, eleva o nosso espírito a um Ser criador.
Tenho ouvido muito este quarteto e, indiferente de credo ou religião, ele tem me feito refletir sobre a verdade inerente em cada um de nós. Sobre aquilo que sabemos sem conhecer. Algo que existe lá dentro de nós com o qual nos identificamos com apenas uma palavra. Muitos pregam religião, tentando nos persuadir em seus credos ou até mesmo nos convertendo a eles. Porém, poucos fazem de sua fé um exemplo a ser seguido. Conheci na faculdade um colega que é pastor e tenho o privilégio de ser amigo dele. Muito falamos a respeito de Deus e sua bondade, mais ainda sobre os mistérios que envolvem o seu nome. Foi dele a melhor definição que tive de Deus, até então desconhecida de mim: "Deus é como o vento: sei que ele existe, mas não o vejo." Posso afirmar que renascia em mim o desejo de encontrar a verdade, talvez a minha própria verdade, àquela escondida no âmago de minha alma.
Quando falo em minha própria verdade, estou me referindo aos ensinamentos dados por minha mãe - "Ensinai à criança o caminho em que ela deve andar, e, mesmo depois de velha, ela não se desviará dele" (Prov. 22:6) -, pois vem dela toda a formação religiosa que tenho. Aprendi, através deste amigo, a lidar com assuntos relacionados a fé, a conversar com Deus. Pois ele tem o dom de evangelizar sem ser moralista, de testemunhar através de seus atos de bondade, caridade e amor. Um dia ele me disse que para anunciar a Cristo não precisava estar numa congregação, bastava estar entre as pessoas, em qualquer lugar. E vejo o quanto ele estava certo, pois o mundo tem sede de conhecimento, verdade, justiça...

Ao ouvir esta melodia pela primeira vez (Se pode uma palavra), lembrei-me do dia em que fomos visitar uns necessitados, num vilarejo, onde ele dá assistência. Lá, pude perceber o quanto somos desumanos e egoístas, achando sempre que as necessidades alheias são para os outros resolver e não nós. Fazemos de conta que o problema não existe, enquanto milhares carecem não apenas de comida e agasalho, mas, principalmente, de carinho e atenção. Mais uma vez comprovei a teoria de que existe muita diferença entre o dizer e o fazer...
"Se um gesto de atenção restaura o brilho de um sorriso, se um pouco só de amor trasnforma o mundo em paraíso, se posso ao meu irmão prestar socorro em rude prova, oh, Deus eu quero ter mais desse amor que o ser renova" Saí desse encontro revigorado e com a certeza de que podemos sempre fazer mais uns pelos outros, indiferente de que situação esteja o nosso semelhante. Não precisou palavras para que houvesse em mim uma trasformação, pois o ato em si já demostrava o que mil sermões não atingiriam com esta imagem (fui eu quem fez a foto). Vi ali retratado toda uma problemática social, familiar e afetiva, desde o casebre até os chinelos nos pés da criança. Porém, a grandeza maior não estava naquilo que ía ser doado, mas sim, na humildade do gesto em se doar... Confesso que a partir daí o ato de repartir tomou outra dimensão em minha vida.
Sabemos que a vida é feita de percalços, inseguranças e indecisões, mas, se, ao invés de tragédia e tristeza, cultivarmos a alegria e a solidariedade, poderemos, indiferente do credo de cada um, usufruir de uma paz imensurável e reconhecer que o céu é aqui, logo, temos que começar por aqui mesmo.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Altruísmo X Egoísmo

A palavra altruísmo foi criada por Auguste Comte, filósofo francês, que em 1830, a caracterizou como o grupo de disposições humanas, sejam elas individuais ou coletivas, que inclinam os seres humanos a se dedicarem aos outros.

Portanto, altruísmo não é sinônimo de solidariedade como muitos pensam, é um conceito muito mais amplo. É um conceito que se opõe ao egoísmo (inclinações específica e exclusivamente individuais ou coletivas).



Sabemos que um abraço, um bom dia, ou apenas um sorriso vale mais do que dinheiro e, quando não se tem nada, o que mais falta não é material.

É inegável, altruísmo é um hábito e bons hábitos nascem de muita disciplina! Já o egocentrismo caracteriza-se pela fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e fatos.

Uma pessoa egoísta pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os fatos se amoldem a seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive.

O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e, então, aprender.

Poderia escrever mais 30 linhas sobre aquilo que preferimos fingir que não existe, o que seria inútil, pois sabemos o que ignoramos. E pior, sabemos o quanto uma hora de atenção (o que não custa nada em dinheiro) significa para quem não tem nada.

Mudar o mundo é pretensioso demais, doar uma hora do seu tempo é mudar a vida de alguém, pelo menos por um dia, e não custa nada!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Onde está DEUS na hora das tragédias!!!



Este artigo publicado no jornal Clarin da Argentina, faz referência a uma delicada temâtica, onde está Deus na hora das tragédias.

Hace 2300 años, un filósofo griego llamado Epicuro se paseaba por las calles de Atenas planteando a la gente un terrible dilema, que todavía no hemos podido resolver. Epicuro decía: "Frente al mal que hay en el mundo existen dos respuestas: o Dios no puede evitarlo, o no quiere evitarlo. Si no puede, entonces no es omnipotente. Y si no quiere, entonces es un malvado". Cualquiera de las dos respuestas hacía trizas la imagen de la divinidad.

Hoy, frente a los terremotos de Haití y Chile, el dilema de Epicuro sigue resonando como una bofetada en el corazón de millones de creyentes, que continúan preguntándose cómo es posible que un Dios amoroso y providente pueda permitir que sucedan semejantes desgracias en la vida de los seres humanos sin intervenir ni ayudar.
En realidad Epicuro con su dilema no negaba la existencia de Dios; sólo quería apuntar a la misteriosa e inexorable existencia del mal en el mundo. Sin embargo su dilema ha llevado a mucha gente al ateísmo; y de hecho, así planteado, debería llevarnos a perder la fe, ya que resulta inadmisible que Dios, pudiendo evitar las calamidades que suceden, no pueda o no quiera hacerlo.

¿Cómo resolver el dilema?
En primer lugar, se debe evitar la tentación de atribuir el mal a Dios, como han hecho algunos predicadores religiosos. Por ejemplo Pat Robertson, el famoso tele-evangelista estadounidense, declaró públicamente que la verdadera causa del terremoto de Haití es un castigo divino porque los isleños hicieron hace años un pacto con el diablo. Semejante afirmación, además de ser ofensiva para Dios y para los haitianos, elimina nuestra responsabilidad humana. En efecto, por nuestra culpa muchos de los cataclismos naturales que padecemos afectan sobre todo a los más pobres. Porque donde ellos viven las casas están peor hechas, existen menos hospitales, hay menos médicos, menos bomberos, menos recursos, y menos prevención. Además, muchos terremotos, inundaciones y catástrofes tienen un origen en la irresponsable actitud del hombre, que viene destruyendo incesantemente la naturaleza. Por eso culpar a Dios de estos sucesos resulta insensato.
Además, si hay algo que Jesús ha dejado en claro es que Dios no manda jamás los males al hombre. Ya en el primer sermón que pronunció en su vida, llamado el sermón de la montaña, enseñaba que Dios "hace salir el sol sobre buenos y malos, y llover sobre justos e injustos". Es decir, Él sólo manda el bien incluso a los pecadores.
Para enseñar esto adoptó una metodología muy eficaz: comenzó a curar a todos los enfermos que le traían, y les explicaba que lo hacía en nombre de Dios, porque Él no quiere la enfermedad de nadie. Del mismo modo, cuando le pedían ayuda por alguien que había fallecido, jamás decía: "No; conviene dejarlo muerto porque ésa es la voluntad de Dios". Al contrario, lo resucitaba inmediatamente para enseñar que Dios no mandaba la muerte, ni la quería. Incluso un día sus discípulos vieron a un ciego de nacimiento, y le preguntaron: "Maestro, ¿por qué este hombre nació ciego? ¿Por haber pecado él, o porque pecaron sus padres?" (Jn 9,1-3). Y Jesús les explicó que nunca las enfermedades son enviadas por Dios, ni son castigos por los pecados.
En otra oportunidad vinieron a contarle que se había derrumbado una torre en un barrio de Jerusalén y había aplastado a 18 personas. Y Jesús les aclaró que ese accidente no era querido por Dios, ni era castigo por los pecados de esas personas, sino que todos estamos expuestos a los accidentes y por eso debemos vivir preparados (Lc 13,4-5).
Todo esto vuelve inaceptable las declaraciones de los que, cuando sufren algún contratiempo o accidente, responsabilizan a Dios. El Dios cristiano jamás puede enviar ni consentir ningún mal, ni siquiera a los pecadores.




Pero aún cuando Dios no quiera el mal, el dilema de Epicuro sigue interpelándonos: ¿por qué no los evita? ¿No puede o no quiere?
En realidad el enigma del filósofo griego está mal planteado. No podemos decir que "Dios no puede impedir" el mal que hay en el mundo. Lo correcto es decir que "es imposible que no haya mal". ¿Por qué? No porque sea un misterio, como se responde a veces cuando se quiere evadir la cuestión y dejarla en penumbra para evitar una supuesta crítica a la actuación divina. No. El mal no es un misterio. Es inevitable, sencillamente.
Sería imposible la existencia de un mundo sin mal, por la simple razón de que el mundo es finito, limitado, precario. Dios no podía crear un mundo perfecto, porque lo único perfecto que existe es él. Todo lo demás que pudiera crear, resulta necesariamente limitado. Y a esa limitación le llamamos mal. Hablando hipotéticamente, Dios podría no haber creado este mundo. Pero si lo crea, tienen que ser necesariamente finito (si no, se crearía a sí mismo). De modo que la finitud, la imperfección, la carencia, la privación, estarán siempre presentes como parte de la naturaleza.
El mundo, como hoy está creado, tiene sus propias leyes que lo rigen de manera autónoma, y las inevitables condiciones de esa finitud hacen que Dios no las pueda manipular a su antojo, evitando permanentemente el mal, porque iría contra las leyes que él mismo puso. Por lo tanto, no es que Dios "no quiera" o "no pueda" evitar el mal, sino que simplemente el planteo carece de sentido. La idea de un mundo sin mal es tan contradictoria como la de un círculo cuadrado.
Pero entonces queda una pregunta: ¿valía la pena que Dios creara este mundo? Por supuesto que sí. Para el creyente, si Dios lo ha creado así, es porque valía la pena. Él por su parte, se compromete, acompaña y trabaja junto a los que luchan por erradicar el mal, por implantar la justicia, por sembrar la paz y fomentar la igualdad entre los hombres. A tal punto, que la salvación del hombre dependerá de si ha ayudado a Dios en obrar el bien: "Porque tuve hambre y me diste de comer, tuve sed y me diste de beber".
Dios quiere el bien, ama el bien y asiste a cuantos trabajan por el bien. Y nuestra tarea es colaborar con Dios para que cada vez haya más bien a nuestro alrededor, no reprocharle la existencia del mal. Como aquel hombre que le preguntaba a su amigo: "¿Vos rezas a Dios?" "Sí, todas las noches". "¿Y qué le pides?" "No le pido nada. Simplemente le pregunto en qué puedo ayudarlo".

quarta-feira, 7 de abril de 2010

código de barras

Quem lê a frase do meu perfil criada por mim e, depois, logo mais abaixo, os dizeres sábios de Michael de Montaigne vai dizer que há contradição naquilo que penso e escrevo. De fato, à primeira vista leva a crer que sim, mas uma análise mais detalhada e contemporânea - o escrito de Montaigne é do séc. XVI - fará com que se chegue ao “X” da questão. O homem busca interminantemente definir DEUS, assim como a ciência, há décadas, vinha tentando definir o nosso código genético. A diferença é que ela conseguiu, o homem não. Não há como definir em meio à poluição humana um ser supremo. Ele existe e ponto. As religiões modernas não passam de imitação, um registro histórico assimilado do esforço humano para compreender o divino. Partindo desse princípio, pouco se avançou em saber quem somos - sabemos muito bem como somos - e pairamos numa pobreza cósmica: pobreza em todos os seus sentidos, espiritual, afetiva, de caráter.
O século 21 não mais permite falhas, muito menos termos dubitativos. O homem perdeu a essência do Ser humano em prol do ser humano, humano este que para sobreviver tem que se sujeitar às leis terrenas. Logo, será implantado em massa um código de barras substituindo o então CPF, RG, CARTÃO DE CRÉDITO de cada um. Não mais passaremos a ser e sim a ter: ter um código específico para determinar quem somos – não o Ser criado, mas o ser da criação -, e, recriados por um sistema econômico e religioso associados, passaremos a depender unicamente deles.
Perderemos nossa identidade, nosso codificador humano e passaremos a ser um exército de um homem só. Isso tudo se dará aos poucos, da mesma forma que a globalização nos trouxe a era digital, ele nos trará uma nova identificação, e, quando menos esperarmos, vão nos chamar de IIIIII IIIII II II III II IIII IIII IIIII IIIII IIIII I. Trata-se, porém, de um valor numérico a ser entendido dentro de um universo maior.
Então virá o fim...
(De um Fernando escatológico)

"Quanto mais depressa os homens se convencerem de que não há certeza de nada, mais oportunidades terão de escapar à tirania que nasce da superstição e do fanatismo."
Michael de Montaigne